JANELA ABERTA AO ATLETISMO...
Onde o reconhecimento será talvez o maior
dos valores…
Ao longo destas últimas
semanas, temos sido invadidos com notícias, opiniões, sugestões, criticas,
enfim um rol de comentários sobre os Jogos Olímpicos.
A sociedade em si acorda
para uma realidade, que durante 4 anos, permanece adormecida…
A dita sociedade que é
feita por todos nós, entendidos e leigos na matéria, tem como que um despertar
sobre um acontecimento à escala Universal.
Os Jogos Olímpicos nasceram
na cidade Grega Olímpia no século V a.C. No século XIX (1894) o Barão Pierre de
Coubertin fundou o Comité Olímpico Internacional.
Nas XXX Olimpíadas da
Era Moderna, estiveram presentes 11028 atletas, representando mais de 200
países.
Através destes números
conseguimos ter uma ideia da dimensão deste evento… Os atletas e treinadores
presentes são o que de melhor existe no desporto…
O Clube Oriental de
Pechão é um privilegiado, teve 2 representantes nestes jogos… O treinador Paulo
Murta que marcou presença pela 3ª vez nos Jogos Olímpicos e Ana Cabecinha que
completou a prova em 9º lugar (melhor atleta portuguesa – em Pequim tinha sido
8ª.)…
Marquei presença no
jantar de despedida de Paulo Murta e Ana Cabecinha, às vésperas da ida para
Londres e testemunhei o carinho que a família, amigos e admiradores de ambos
têm por este “casamento” de sucesso…
Absorvi os discursos das entidades presentes, uns mais emotivos, outros mais
racionais, uns mais sonhadores, mas com denominador comum, a qualidade de
ambos…
Em qualquer actividade
desportiva, o sucesso será sempre de uma equipa, mesmo que esse desporto não
seja colectivo, como é o caso do atletismo e neste caso especial a Marcha… A
Ana Cabecinha tem a qualidade, a técnica a capacidade de trabalho e de sofrimento,
a vontade (não sou eu que o digo, até
porque sou um leigo na matéria) e o seu treinador Paulo Murta é o mentor de
todas essas capacidades, ele é quem a conhece melhor e quem mais pode tirar o
máximo rendimento da excepcional atleta que ela é… A qualidade dela tem
seguramente uma ligação “umbilical”
ao seu treinador… Nunca vi nenhum navio chegar a bom porto, sem um comandante
capaz…
No jantar que já fiz
referência, ouvi uma expressão que registei, de alguém conceituado do nosso
país… A Ana não marcha ela desliza, flutua… A sua técnica e elegância nas
provas faz também dela uma atleta impar…
Marquei também presença
na recepção de ambos, na sede do Clube Oriental de Pechão, onde o Clube quis
homenagear os seus dois mais ilustres representantes e na minha simples
opinião, são sem margem para duvidas as duas grandes bandeiras do COP.
Quis deixar aqui, neste
espaço que é do clube, mas de outra modalidade, a admiração que tenho por
ambos, e homenagear o trabalho que têm feito ao longo dos anos.
Sei quanto trabalho dá,
conseguir resultados…
E deixar uma palavra às
entidades competentes, que os Jogos Olímpicos, as Taças do Mundo, Campeonatos
da Europa, e outras competições importantes, não podem ser lembradas só a uma
semana das provas, porque nenhum atleta consegue resultados, sem trabalho, sem
condições para desenvolverem e evoluírem… Portugal necessita urgentemente de
uma política desportiva capaz…
Ao Clube Oriental de
Pechão deixo uma palavra de apreço pela coragem de continuar a apostar numa
modalidade como o atletismo e que tantos resultados positivos têm trazido para
Portugal, para o Algarve e em especial para o concelho de Olhão e sua terra
natal a Aldeia de Pechão…
Obrigado Paulo e Ana,
pelo que têm feito pelo desporto algarvio e português…
Luis Barradas
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