quinta-feira, 16 de agosto de 2012

CAMPEÕES....

JANELA ABERTA AO ATLETISMO...


Onde o reconhecimento será talvez o maior dos valores…


Ao longo destas últimas semanas, temos sido invadidos com notícias, opiniões, sugestões, criticas, enfim um rol de comentários sobre os Jogos Olímpicos.
A sociedade em si acorda para uma realidade, que durante 4 anos, permanece adormecida…
A dita sociedade que é feita por todos nós, entendidos e leigos na matéria, tem como que um despertar sobre um acontecimento à escala Universal.
Os Jogos Olímpicos nasceram na cidade Grega Olímpia no século V a.C. No século XIX (1894) o Barão Pierre de Coubertin fundou o Comité Olímpico Internacional.
Nas XXX Olimpíadas da Era Moderna, estiveram presentes 11028 atletas, representando mais de 200 países.
Através destes números conseguimos ter uma ideia da dimensão deste evento… Os atletas e treinadores presentes são o que de melhor existe no desporto… 

O Clube Oriental de Pechão é um privilegiado, teve 2 representantes nestes jogos… O treinador Paulo Murta que marcou presença pela 3ª vez nos Jogos Olímpicos e Ana Cabecinha que completou a prova em 9º lugar (melhor atleta portuguesa – em Pequim tinha sido 8ª.)…

Marquei presença no jantar de despedida de Paulo Murta e Ana Cabecinha, às vésperas da ida para Londres e testemunhei o carinho que a família, amigos e admiradores de ambos têm por este “casamento” de sucesso… Absorvi os discursos das entidades presentes, uns mais emotivos, outros mais racionais, uns mais sonhadores, mas com denominador comum, a qualidade de ambos…

Em qualquer actividade desportiva, o sucesso será sempre de uma equipa, mesmo que esse desporto não seja colectivo, como é o caso do atletismo e neste caso especial a Marcha… A Ana Cabecinha tem a qualidade, a técnica a capacidade de trabalho e de sofrimento, a vontade (não sou eu que o digo, até porque sou um leigo na matéria) e o seu treinador Paulo Murta é o mentor de todas essas capacidades, ele é quem a conhece melhor e quem mais pode tirar o máximo rendimento da excepcional atleta que ela é… A qualidade dela tem seguramente uma ligação “umbilical” ao seu treinador… Nunca vi nenhum navio chegar a bom porto, sem um comandante capaz…

No jantar que já fiz referência, ouvi uma expressão que registei, de alguém conceituado do nosso país… A Ana não marcha ela desliza, flutua… A sua técnica e elegância nas provas faz também dela uma atleta impar…

Marquei também presença na recepção de ambos, na sede do Clube Oriental de Pechão, onde o Clube quis homenagear os seus dois mais ilustres representantes e na minha simples opinião, são sem margem para duvidas as duas grandes bandeiras do COP.

Quis deixar aqui, neste espaço que é do clube, mas de outra modalidade, a admiração que tenho por ambos, e homenagear o trabalho que têm feito ao longo dos anos.
Sei quanto trabalho dá, conseguir resultados…
E deixar uma palavra às entidades competentes, que os Jogos Olímpicos, as Taças do Mundo, Campeonatos da Europa, e outras competições importantes, não podem ser lembradas só a uma semana das provas, porque nenhum atleta consegue resultados, sem trabalho, sem condições para desenvolverem e evoluírem… Portugal necessita urgentemente de uma política desportiva capaz…

Ao Clube Oriental de Pechão deixo uma palavra de apreço pela coragem de continuar a apostar numa modalidade como o atletismo e que tantos resultados positivos têm trazido para Portugal, para o Algarve e em especial para o concelho de Olhão e sua terra natal a Aldeia de Pechão…

Obrigado Paulo e Ana, pelo que têm feito pelo desporto algarvio e português…

Luis Barradas

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